segunda-feira, junho 16, 2008

Mundo Nenhum

 

Algum de vocês, assim como eu, já se sentiu como se não pertencesse a mundo nenhum? A vida é assim, vamos conhecendo pessoas, ampliando amizades e convivência, e cada uma dessas pessoas é um mundo diferente. Mas chega uma hora que é preciso amarrar e fechar tudo isso, numa coisa só nossa, que é o nosso mundo. Muitas vezes isso parece impossível. A essa sociedade que faz com que as relações sejam cada vez mais próximas, ao mesmo tempo em que distantes, chamaram de globalizada. Mas se tudo é o mundo, e não há nada fora dele, então não há mundo, porque não há a diferença. Quando se é um pouco de tudo se é ao mesmo tempo nada. Esse é o problema em ser eclético, ao final das contas. Nada se agarra ao tentar se abraçar o mundo. Parece que esse é o sentimento comum aos dias de hoje, estar em todos os lugares ao mesmo tempo que não se está em nenhum. E não dá nem para chamar isso de angústia, já que a angustia é uma inquietude que sempre faz despertar para o novo. É a busca pelo sentido do ser. Infelizmente nesse mundo contemporâneo todas as respostas já estão dadas e não há razão para procurar o sentido do ser. O problema é que quando todas as respostas estão já dadas é porque nenhuma resposta ainda foi dada.